A recente greve dos mecânicos da WestJet resultou no cancelamento de centenas de voos, afetando milhares de passageiros durante o movimentado fim de semana do Dia do Canadá. A greve, iniciada na sexta-feira à noite, foi uma resposta à recusa da companhia aérea em negociar de forma justa, segundo a Associação Fraternal dos Mecânicos de Aeronaves (AMFA).
A AMFA, que representa cerca de 680 funcionários da WestJet, incluindo engenheiros de manutenção de aeronaves, decidiu partir para a greve após a rejeição de uma proposta salarial por 97% de seus membros em maio. A greve surpreendeu muitos, especialmente após o governo federal emitir uma ordem ministerial para arbitragem obrigatória, que geralmente evita paralisações.
A WestJet, por sua vez, culpou a greve pela interrupção dos planos de viagem de aproximadamente 100.000 passageiros, com mais de 800 voos cancelados desde o início da greve. A companhia aérea afirmou que a greve é uma tentativa de causar danos e que a arbitragem obrigatória torna a greve desnecessária.
Apesar das críticas, a AMFA defendeu a greve como um meio de pressionar a WestJet a retornar a negociações respeitosas. A associação destacou que a diferença econômica entre as partes é pequena, mas significativa, e que a greve continuará até que um acordo justo seja alcançado.
Enquanto isso, passageiros como Marina Cebrian, uma estudante de intercâmbio do 10º ano, enfrentam incertezas e frustrações. Marina deveria voltar para casa na Espanha no domingo, mas agora só retornará na terça-feira após três cancelamentos de voos.
A situação permanece tensa, com a WestJet pedindo intervenção urgente do governo para esclarecer que uma greve não pode ocorrer simultaneamente com a arbitragem. A companhia aérea continua a aconselhar os passageiros a verificarem o status de seus voos antes de se dirigirem ao aeroporto, enquanto tenta minimizar o impacto da greve em seus clientes.
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