Atrasos e defeitos nos trens Acela de US$ 2 bilhões
O programa de próxima geração Acela da Amtrak, já atrasado em três anos, enfrenta riscos de atrasos adicionais e custos mais altos devido a problemas de segurança e defeitos nos trens fabricados pela Alstom1. Os novos trens Acela deveriam entrar em serviço em maio de 2021, mas agora estão previstos para começar a transportar passageiros no segundo semestre de 20241. O relatório do Inspetor Geral da Amtrak aponta que os designs do fabricante ainda não atendem aos padrões federais de segurança e que cada conjunto de trens de nove vagões produzido apresenta defeitos1.
Problemas identificados nos trens Acela
Os defeitos identificados nos 12 conjuntos de trens Acela produzidos pela Alstom incluem1:
- Drenagem inadequada de água entre os vagões, causando corrosão nos componentes que mantêm os vagões juntos, o que representa preocupações de segurança.
- Vazamentos nos sistemas hidráulicos de inclinação dos trens, projetados para ajudá-los a negociar curvas de forma mais suave e rápida.
- Estilhaçamento espontâneo de cinco janelas.
- Desalinhamento de ladrilhos do teto nos vagões-cafeteria e separação do piso laminado do contrapiso, resultando em uma superfície irregular.
Impacto nos custos e no cronograma
Os atrasos já estão custando “milhões de dólares” em receita perdida para a Amtrak, pois os novos trens podem transportar 378 passageiros, em comparação com 304 no modelo atual1. Além disso, a confiabilidade da frota Acela atual está diminuindo, causando mais atrasos no desempenho pontual e forçando a empresa a modificar seu cronograma Acela1. A Amtrak está trabalhando em estreita colaboração com a Alstom para atender aos requisitos da Federal Railroad Administration (FRA) para os modelos de teste informatizados1.
Embora a Alstom já tenha enviado nove conjuntos de trens para a Amtrak, com a aprovação da ferrovia após inspeções rigorosas, a empresa está trabalhando em correções e mudanças adicionais solicitadas pela Amtrak1. Essas modificações serão concluídas antes da aceitação final dos conjuntos de trens, conforme previsto no contrato e costumeiro na indústria1.