Nevo Junctional Explicado: O Que Todo Dermatologista e Paciente Deve Saber Sobre Essa Lesão Cutânea Comum, Mas Muitas Vezes Ignorada. Descubra as Mais Recentes Ferramentas Diagnósticas, Estratégias de Manejo e Tendências Futuras. (2025)

Introdução ao Nevo Junctional: Definição e Epidemiologia

Um nevo junctional é um tipo de nevo melanocítico (comumente conhecido como pinta) caracterizado pela proliferação de melanócitos—células produtoras de pigmento—na junção das camadas epiderme e derme da pele. Essas lesões normalmente se apresentam como máculas planas ou ligeiramente elevadas, pigmentadas uniformemente, frequentemente de cor marrom a preta. Os nevos junctionais são distinguidos histologicamente por ninhos de melanócitos confinados à camada basal da epiderme, sem extensão para a derme subjacente. Essa característica os diferencia dos nevos compostos e intradérmicos, que envolvem camadas mais profundas da pele.

Epidemiologicamente, os nevos junctionais estão entre os tipos mais comuns de nevos melanocíticos adquiridos, especialmente prevalentes em crianças e adolescentes. A maioria dessas lesões aparece durante as duas primeiras décadas de vida, com sua incidência atingindo o pico na adolescência e caindo gradualmente na idade adulta, à medida que muitos nevos junctionais evoluem para nevos compostos ou intradérmicos. A prevalência global de nevos melanocíticos, incluindo os tipos junctionais, varia de acordo com a população, tipo de pele e região geográfica, mas estudos sugerem que a maioria dos indivíduos desenvolve pelo menos alguns nevos ao longo da vida. A Organização Mundial da Saúde reconhece a importância de monitorar os nevos melanocíticos devido ao seu potencial—embora baixo—para transformação maligna, especialmente no contexto do risco de melanoma.

Dados recentes até 2025 indicam que a incidência e o manejo clínico dos nevos junctionais são influenciados pelo aumento da conscientização pública sobre câncer de pele e pelos avanços na triagem dermatológica. A adoção ampla da dermatoscopia e de ferramentas de monitoramento digital melhorou a detecção precoce e a diferenciação de nevos benignos de lesões atípicas ou malignas. Organizações como a Academia Americana de Dermatologia e a Sociedade Americana de Câncer continuam a enfatizar a importância de exames regulares da pele e campanhas de educação pública, que devem impactar ainda mais a epidemiologia dos nevos junctionais nos próximos anos.

Olhando para o futuro, a pesquisa contínua sobre os fatores genéticos e ambientais que influenciam o desenvolvimento do nevo provavelmente refinará a estratificação de risco e as estratégias de manejo. Até 2025, as perspectivas para indivíduos com nevos junctionais permanecem favoráveis, com a maioria das lesões permanecendo benignas ao longo da vida. No entanto, é recomendada vigilância ao monitorar alterações de tamanho, cor ou forma, pois estas podem sinalizar atipia ou transformação maligna. Espera-se que a integração da inteligência artificial na prática dermatológica melhore a precisão diagnóstica e o rastreamento epidemiológico dos nevos junctionais no futuro próximo.

Características Histopatológicas e Classificação

O nevo junctional é um tipo de nevo melanocítico caracterizado pela proliferação de melanócitos na junção dermoepidérmica. Histopatologicamente, essas lesões são definidas por ninhos ou grupos de melanócitos uniformes confinados à camada basal da epiderme, sem extensão para a derme subjacente. As células frequentemente apresentam núcleos pequenos, redondos a ovais, com nucléolos insignificantes e citoplasma escasso, e figuras mitóticas são raras. O padrão arquitetônico é geralmente simétrico, e a lesão é nitidamente demarcada da pele normal circundante.

Em 2025, a classificação dos nevos melanocíticos, incluindo os nevos junctionais, continua a ser orientada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e pela Agência Internacional para Pesquisa sobre Câncer (IARC), que enfatizam uma abordagem histopatológica baseada na localização das células do nevo: junctional, compound e intradermal. Os nevos junctionais se distinguem pela presença exclusiva de células do nevo na junção epidermo-dermal, em contraste com nevos compostos (que possuem componentes tanto junctionais quanto dérmicos) e nevos intradérmicos (onde as células são encontradas apenas na derme). Essa classificação permanece fundamental para o manejo clínico e avaliação de risco, uma vez que os nevos junctionais têm maior probabilidade do que os nevos intradérmicos de apresentar mudanças atípicas, embora o risco geral de transformação maligna permaneça baixo (Organização Mundial da Saúde).

Avanços recentes em patologia digital e inteligência artificial (IA) estão influenciando a avaliação histopatológica de lesões melanocíticas. Em 2025, vários centros acadêmicos e laboratórios de patologia estão integrando análise de imagem assistida por IA para melhorar a precisão diagnóstica e reprodutibilidade na distinção entre nevos benignos junctionais e nevos displásicos e melanoma inicial. Essas tecnologias estão sendo validadas em estudos multicêntricos, com resultados preliminares sugerindo melhor concordância entre observadores e potencial para detecção mais precoce de características atípicas (Instituto Nacional de Câncer).

Marcadores imuno-histoquímicos, como Melan-A, HMB-45 e S-100, continuam a desempenhar um papel de apoio na confirmação da origem melanocítica dos nevos junctionais, especialmente em casos de diagnóstico desafiador. Técnicas moleculares, incluindo hibridização in situ por fluorescência (FISH) e sequenciamento de nova geração (NGS), estão se tornando cada vez mais disponíveis em centros especializados para casos com histologia ambígua, embora seu uso rotineiro em nevos junctionais típicos permaneça limitado devido a custos e acessibilidade.

Olhando para o futuro, espera-se que a perspectiva para a classificação e diagnóstico de nevos junctionais se beneficie ainda mais de pesquisas contínuas em patologia digital, diagnósticos moleculares e critérios histopatológicos orientados por consenso. Esses avanços visam aprimorar a precisão diagnóstica, reduzir excisões desnecessárias e garantir a identificação precoce de lesões com potencial maligno, alinhando-se aos objetivos mais amplos da dermatopatologia de precisão e atendimento centrado no paciente.

Apresentação Clínica e Diagnóstico Diferencial

O nevo junctional é um tipo de nevo melanocítico caracterizado pela proliferação de melanócitos na junção dermoepidermal. Em 2025, a apresentação clínica dos nevos junctionais continua a ser um foco central na dermatologia, especialmente devido ao seu potencial para confusão com melanoma inicial e outras lesões pigmentadas. Normalmente, os nevos junctionais se apresentam como máculas ou pápulas planas ou ligeiramente elevadas, pigmentadas uniformemente, aparecendo com mais frequência na infância ou adolescência. Eles são geralmente redondos ou ovais, com bordas bem definidas e coloração variando de clara a escura. As lesões são mais frequentemente encontradas em áreas expostas ao sol, mas podem ocorrer em qualquer parte do corpo.

Diretrizes clínicas recentes enfatizam a importância de distinguir os nevos junctionais de outras lesões melanocíticas, como nevos compostos, nevos intradérmicos e, mais criticamente, melanoma em estágio inicial. A Academia Americana de Dermatologia (AAD) continua a recomendar o uso dos critérios ABCDE (Assimetria, Irregularidade de Bordas, Variação de Cor, Diâmetro >6mm e Evolução) como uma abordagem de primeira linha para avaliar lesões pigmentadas. No entanto, os nevos junctionais normalmente carecem da assimetria e irregularidade de bordas observadas nos melanomas, e sua cor é geralmente uniforme.

A dermatoscopia tornou-se uma ferramenta essencial no diagnóstico diferencial dos nevos junctionais. Em 2025, avanços em dermatoscopia digital e análise de imagem assistida por inteligência artificial (IA) estão se integrando cada vez mais à prática clínica, melhorando a precisão diagnóstica e reduzindo excisões desnecessárias. Nevos junctionais sob dermatoscopia frequentemente exibem um padrão reticular ou globular regular, o que ajuda a diferenciá-los de nevos atípicos e melanoma. A Organização Mundial da Saúde (OMS) e a Academia Europeia de Dermatologia e Venereologia (EADV) destacam o papel da imagem não invasiva em suas recomendações atuais para o manejo de lesões melanocíticas.

Apesar desses avanços, o diagnóstico diferencial continua desafiador em certos casos, especialmente em lesões com características atípicas ou em pacientes com histórico pessoal ou familiar de melanoma. A análise histopatológica permanece o padrão-ouro para diagnóstico definitivo quando os achados clínicos e dermatoscópicos são inconclusivos. As perspectivas para os próximos anos incluem o refinamento adicional de ferramentas de diagnóstico baseadas em IA e o desenvolvimento de ensaios moleculares para ajudar a distinguir nevos benignos junctionais de melanoma inicial, conforme apoiado por iniciativas de pesquisa em andamento de organizações como o Instituto Nacional de Câncer (NCI).

Em resumo, a apresentação clínica do nevo junctional em 2025 está bem caracterizada, mas sua diferenciação de outras lesões pigmentadas—especialmente melanoma—continua a impulsionar inovações nas técnicas de diagnóstico. Espera-se que a colaboração em andamento entre sociedades dermatológicas e instituições de pesquisa continue a aprimorar a precisão diagnóstica e os resultados para os pacientes nos próximos anos.

Insights Genéticos e Moleculares

O nevo junctional, um tipo de nevo melanocítico caracterizado pela proliferação de melanócitos na junção dermoepidérmica, tem sido objeto de crescente pesquisa genética e molecular nos últimos anos. Até 2025, os avanços em sequenciamento genômico e patologia molecular estão fornecendo novos insights sobre a patogênese e o comportamento clínico dessas lesões.

Estudos recentes confirmaram que os nevos junctionais frequentemente abrigam mutações em genes associados à via da quinase ativada por mitógeno (MAPK), particularmente BRAF e NRAS. Essas mutações são semelhantes às encontradas em outros nevos benignos e em alguns melanomas, sugerindo um evento oncológico precoce compartilhado. No entanto, a presença de alterações genéticas ou epigenéticas adicionais parece ser necessária para a transformação maligna, que permanece rara nos nevos junctionais. Pesquisas em andamento estão se concentrando na identificação desses eventos secundários e na compreensão de seu papel na progressão do nevo.

Em 2024 e 2025, a aplicação de sequenciamento de RNA de célula única e transcriptômica espacial permitiu aos pesquisadores dissecar a heterogeneidade celular dentro dos nevos junctionais. Essas tecnologias estão revelando subpopulações distintas de melanócitos e suas interações com o microambiente local, incluindo células imunes e queratinócitos. Essas descobertas devem refinar os critérios diagnósticos e podem levar à identificação de biomarcadores para a detecção precoce de transformação atípica.

O perfil epigenético, incluindo estudos de metilação de DNA e modificação de histonas, também está ganhando tração. Resultados iniciais sugerem que padrões específicos de metilação podem distinguir nevos junctionais benignos de nevos displásicos e melanoma inicial, oferecendo potencial para ensaios diagnósticos não invasivos. A integração dessas assinaturas moleculares na prática clínica é esperada nos próximos anos, dependendo da validação em coortes maiores.

Organizações internacionais como a Organização Mundial da Saúde (OMS) e o Instituto Nacional de Câncer (NCI) continuam a atualizar sistemas de classificação e diretrizes com base em dados moleculares emergentes. A mais recente classificação de tumor de pele da OMS incorpora achados genéticos, sublinhando a importância do diagnóstico molecular na dermatopatologia.

Olhando para o futuro, a convergência de genômica, transcriptômica e patologia digital deve transformar o manejo dos nevos junctionais. Avaliações de risco personalizadas, maior precisão diagnóstica e estratégias de vigilância direcionadas são prováveis resultados à medida que esses insights moleculares forem traduzidos em protocolos clínicos. Os esforços de colaboração entre centros acadêmicos, agências reguladoras e sociedades profissionais serão cruciais para padronizar e implementar esses avanços globalmente.

Técnicas Diagnósticas Atual e Inovações

O nevo junctional, um tipo de nevo melanocítico caracterizado por ninhos de melanócitos localizados na junção dermoepidérmica, continua a apresentar um desafio diagnóstico devido à sua sobreposição clínica e histopatológica com melanoma inicial. Até 2025, o panorama diagnóstico para nevos junctionais está em evolução, com foco na melhoria da precisão, redução de excisões desnecessárias e integração de tecnologias avançadas.

O padrão-ouro para diagnóstico continua sendo a avaliação histopatológica após excisão ou biópsia por punch. No entanto, técnicas diagnósticas não invasivas e minimamente invasivas estão ganhando destaque. A dermatoscopia, que aprimora a visualização das estruturas subjacentes da pele, é agora amplamente adotada em clínicas dermatológicas. Estudos recentes mostraram que a dermatoscopia aumenta a sensibilidade e especificidade diagnósticas para lesões melanocíticas, incluindo nevos junctionais, quando comparada ao exame à vista. O uso da dermatoscopia digital e da análise de imagem assistida por inteligência artificial (IA) está se expandindo, com vários algoritmos de IA demonstrando desempenho comparável ao de dermatologistas especialistas na distinção entre lesões benignas e malignas. Essas ferramentas estão sendo validadas em estudos multicêntricos e devem ver uma maior integração clínica nos próximos anos.

A microscopia confocal por reflectância (MCR) é outra modalidade de imagem não invasiva que fornece resolução em nível celular da pele in vivo. A MCR é particularmente útil para lesões ambíguas, permitindo a avaliação em tempo real de características arquitetônicas e citológicas. Embora a MCR esteja atualmente disponível em centros especializados, esforços contínuos visam melhorar sua acessibilidade e custo-benefício, potencialmente tornando-a um adjunto mais rotineiro no fluxo de trabalho diagnóstico para nevos junctionais.

Diagnósticos moleculares também estão emergindo como uma ferramenta suplementar. Técnicas como hibridização in situ por fluorescência (FISH) e hibridização genômica comparativa (CGH) podem ajudar a diferenciar nevos benignos de melanoma em casos histologicamente equívocos. Embora ainda não sejam práticas padrão, esses métodos estão sendo incorporados em algoritmos diagnósticos em ambientes acadêmicos e de cuidados terciários, com pesquisas em andamento focando no aprimoramento de sua utilidade clínica e perfil de custo-benefício.

Organizações profissionais como a Academia Americana de Dermatologia e a Organização Mundial da Saúde continuam a atualizar diretrizes e recursos educacionais para refletir esses avanços tecnológicos. Olhando para o futuro, a integração de registros de saúde digitais, teledermatologia e sistemas de suporte à decisão impulsionados por IA deve melhorar ainda mais o diagnóstico precoce e preciso dos nevos junctionais, melhorando, em última análise, os resultados dos pacientes e otimizando a utilização de recursos.

Estratégias de Manejo: Observação vs. Excisão

O manejo do nevo junctional—uma lesão melanocítica caracterizada por ninhos de melanócitos na junção dermoepidérmica—continua a evoluir em 2025, com decisões clínicas equilibrando os riscos de transformação maligna contra a morbidade de excisões desnecessárias. As duas principais estratégias permanecem a cuidadosa observação e a excisão cirúrgica, com a escolha guiada pelas características da lesão, fatores de risco do paciente e tecnologias diagnósticas emergentes.

O consenso atual entre as autoridades dermatológicas, como a Academia Americana de Dermatologia e a Associação Britânica de Dermatologistas, é que a maioria dos nevos junctionais é benigna e estável ao longo da vida. A observação é geralmente recomendada para lesões que são pequenas, simétricas, uniformemente pigmentadas e que não apresentam sinais clínicos ou dermatoscópicos de atipia. O acompanhamento regular com dermatoscopia digital e documentação fotográfica está se tornando cada vez mais padrão, permitindo a detecção precoce de alterações morfológicas sugestivas de displasia ou transformação maligna.

A excisão é reservada para nevos junctionais que exibem características atípicas—como assimetria, irregularidade de bordas, variação de cor, diâmetro superior a 6 mm ou aparência em evolução—ou para lesões localizadas em áreas anatomicamente de alto risco (por exemplo, superfícies mucosas, palmas, solas). A Organização Mundial da Saúde e diretrizes nacionais sobre câncer continuam a enfatizar a importância da avaliação histopatológica após excisão, pois isso permanece o padrão-ouro para diagnóstico e estratificação de risco.

Avanços recentes em imagem não invasiva, incluindo microscopia confocal de reflectância e dermatoscopia assistida por IA, estão influenciando as estratégias de manejo. Essas tecnologias, endossadas por organizações como a Academia Europeia de Dermatologia e Venereologia, estão melhorando a precisão diagnóstica e reduzindo excisões desnecessárias ao distinguir melhor lesões benignas de atípicas. Estudos em andamento em 2025 estão avaliando os resultados a longo prazo da observação versus excisão, particularmente em populações pediátricas e indivíduos com predisposições genéticas ao melanoma.

Olhando para o futuro, espera-se que a perspectiva para o manejo dos nevos junctionais mude ainda mais em direção a abordagens personalizadas e adaptadas ao risco. A integração de diagnósticos moleculares e ferramentas de monitoramento digital deve refinar a avaliação de risco e minimizar o tratamento excessivo. No entanto, até que essas tecnologias sejam universalmente acessíveis e validadas, a dicotomia entre observação e excisão permanecerá central na prática clínica, guiada por critérios estabelecidos e consenso entre especialistas de organizações dermatológicas de destaque.

Risco de Transformação Maligna: Mitos e Realidades

O nevo junctional é um tipo de nevo melanocítico caracterizado por ninhos de melanócitos localizados na junção dermoepidérmica. Historicamente, houve uma preocupação significativa quanto ao potencial de transformação maligna dos nevos junctionais em melanoma. No entanto, pesquisas recentes e o consenso entre as autoridades dermatológicas em 2025 esclareceram muitas concepções errôneas, fornecendo uma compreensão mais nuançada dos reais riscos envolvidos.

Dados atuais indicam que o risco de transformação maligna de um nevo junctional típico em adultos é extremamente baixo. Estudos de coorte em grande escala e meta-análises publicados nos últimos anos mostraram consistentemente que a grande maioria dos nevos junctionais permanece benigna ao longo da vida de uma pessoa. A Academia Americana de Dermatologia (AAD), uma autoridade líder em saúde da pele, enfatiza que, embora todos os nevos melanocíticos devam ser monitorados em busca de alterações, a excisão rotineira de nevos junctionais estáveis e assintomáticos não é recomendada na ausência de características suspeitas.

Os principais fatores de risco para transformação maligna continuam a ser características clínicas ou histopatológicas atípicas, como assimetria, irregularidade de bordas, variação de cor, diâmetro maior que 6 mm e características em evolução—resumidas pelos critérios ABCDE. A Sociedade Americana de Câncer e a Organização Mundial da Saúde (OMS) destacam que a transformação é mais provável em nevos congênitos ou aqueles com displasia significativa, em vez de nevos junctionais adquiridos comuns.

Avanços recentes em dermatoscopia e monitoramento digital reduziram ainda mais as excisões desnecessárias, permitindo que os dermatologistas distinguissem lesões benignas de suspeitas com maior precisão. Ferramentas de diagnóstico assistidas por inteligência artificial (IA), que estão sendo cada vez mais adotadas em clínicas dermatológicas, devem melhorar ainda mais a detecção precoce de alterações malignas, minimizando o tratamento excessivo de nevos benignos nos próximos anos.

Apesar de mitos persistentes, não há evidências de que trauma menor, irritação ou práticas de cuidados com a pele rotineiras aumentem o risco de transformação maligna nos nevos junctionais. O Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) e a AAD enfatizam a importância da educação pública para desmistificar tais concepções errôneas, focando em promover a autoexaminação regular e checagens de pele profissionais para indivíduos de alto risco.

Olhando para o futuro, a pesquisa contínua sobre a genética molecular dos nevos melanocíticos pode resultar em ferramentas de estratificação de risco mais precisas, mas, até 2025, o consenso permanece que o potencial maligno dos nevos junctionais típicos é mínimo. Vigilância contínua, educação do paciente e protocolos de monitoramento baseados em evidências devem continuar sendo o padrão de cuidados no futuro próximo.

Boas Práticas em Educação e Aconselhamento do Paciente

A educação e o aconselhamento do paciente são componentes críticos no manejo do nevo junctional, um tipo de nevo melanocítico caracterizado por ninhos de melanócitos localizados na junção dermoepidérmica. Até 2025, as melhores práticas enfatizam uma abordagem centrada no paciente, integrando as mais recentes diretrizes baseadas em evidências e aproveitando ferramentas de saúde digital para aprimorar a compreensão e o engajamento.

As recomendações atuais de organizações dermatológicas de destaque, como a Academia Americana de Dermatologia e a Organização Mundial da Saúde, enfatizam a importância de uma comunicação clara sobre a natureza benigna da maioria dos nevos junctionais, enquanto também educam os pacientes sobre o risco raro, mas possível, de transformação maligna. O aconselhamento deve incluir recursos visuais e imagens dermatoscópicas digitais para ajudar os pacientes a reconhecer características típicas—como máculas planas e pigmentadas uniformemente—e distingui-las de lesões atípicas que podem exigir avaliação adicional.

Em 2025, plataformas digitais e teledermatologia estão sendo cada vez mais utilizadas para educação do paciente, permitindo monitoramento e acompanhamento remotos. Essas ferramentas apoiam o envolvimento contínuo do paciente, especialmente para indivíduos em áreas carentes ou rurais. O Centro de Controle e Prevenção de Doenças destaca o papel da telessaúde na melhoria do acesso aos cuidados dermatológicos e educação do paciente, particularmente no contexto da prevenção e detecção precoce do câncer de pele.

As melhores práticas também incluem fornecer aos pacientes materiais educacionais atualizados, baseados em evidências, tanto em formatos impressos quanto online. Os materiais devem ser culturalmente sensíveis e disponíveis em vários idiomas para atender populações de pacientes diversas. O Instituto Nacional de Câncer recomenda o uso de linguagem simples e guias visuais para explicar quando buscar atenção médica para alterações em um nevo, como assimetria, irregularidade de bordas, variação de cor, aumento do diâmetro ou características em evolução (os ABCDEs do melanoma).

Olhando para o futuro, espera-se que a integração da inteligência artificial (IA) na educação do paciente se expanda. Aplicativos movidos por IA e ferramentas de suporte à decisão podem fornecer avaliações de risco personalizadas e lembretes para autoexames, empoderando ainda mais os pacientes. No entanto, essas tecnologias estão sendo desenvolvidas com supervisão de órgãos reguladores, como a Administração de Alimentos e Medicamentos dos EUA, para garantir precisão e segurança.

Em resumo, a educação e o aconselhamento do paciente para o nevo junctional em 2025 e além estão se tornando cada vez mais interativos, habilitados por tecnologia e adaptados às necessidades individuais. A colaboração contínua entre prestadores de saúde, pacientes e organizações autorizadas continuará a moldar as melhores práticas, com o objetivo de melhorar os resultados por meio de autocuidado informado e intervenção médica oportuna.

Tecnologias Emergentes e Direções Futuras

Tecnologias emergentes estão prestes a impactar significativamente o diagnóstico, manejo e entendimento do nevo junctional em 2025 e nos próximos anos. Os nevos junctionais, que são lesões melanocíticas localizadas na junção dermoepidérmica, apresentam um desafio diagnóstico devido ao seu potencial para características atípicas e, raramente, para transformação maligna. Avanços recentes em patologia digital, inteligência artificial (IA) e diagnósticos moleculares estão remodelando o panorama clínico.

Um dos desenvolvimentos mais promissores é a integração da análise de imagem assistida por IA na dermatologia. Algoritmos de aprendizado profundo, treinados em grandes conjuntos de dados de imagens dermatoscópicas, são agora capazes de distinguir entre nevos benignos e atípicos com uma precisão próxima à dos dermatopatologistas especialistas. Em 2025, vários centros acadêmicos e empresas de tecnologia estão colaborando para refinar essas ferramentas, visando aprovação regulatória e adoção clínica mais ampla. A Administração de Alimentos e Medicamentos dos EUA começou a avaliar plataformas de diagnóstico baseadas em IA para avaliação de lesões cutâneas, com programas piloto em andamento para validar sua segurança e eficácia.

Diagnósticos moleculares também estão avançando rapidamente. O sequenciamento de nova geração (NGS) e o perfil de expressão gênica estão sendo explorados para diferenciar nevos junctionais benignos de melanoma inicial em nível molecular. Essas técnicas podem identificar mutações e padrões de expressão característicos de malignidade, oferecendo um possível complemento à histopatologia tradicional. O Instituto Nacional de Câncer está apoiando pesquisas em biomarcadores moleculares que poderiam ser incorporados ao fluxo de trabalho diagnóstico rotineiro dentro de alguns anos.

Tecnologias de imagem não invasivas, como a microscopia confocal de reflectância (MCR) e a tomografia de coerência óptica (OCT), estão ganhando destaque para a avaliação em tempo real de lesões pigmentadas. Essas modalidades fornecem resolução em nível celular sem a necessidade de biópsia, reduzindo o desconforto do paciente e possibilitando o monitoramento longitudinal. A Academia Americana de Dermatologia está promovendo ativamente a educação e a pesquisa sobre essas tecnologias, antecipando seu uso crescente em ambientes comunitários e acadêmicos.

Olhando para o futuro, a convergência de inovações digitais, moleculares e de imagem deve melhorar a detecção precoce e a estratificação de risco dos nevos junctionais. Isso deve levar a estratégias de manejo mais personalizadas, minimizando excisões desnecessárias enquanto garante intervenção imediata para lesões com potencial maligno. A colaboração contínua entre agências reguladoras, instituições de pesquisa e stakeholders da indústria será crítica para traduzir esses avanços na prática clínica padrão nos próximos anos.

A conscientização pública e o interesse de pesquisa no nevo junctional—um tipo de nevo melanocítico caracterizado por ninhos de melanócitos localizados na junção dermoepidérmica—devem evoluir significativamente entre 2024 e 2030. Essa evolução é impulsionada por campanhas crescentes de prevenção do câncer de pele, avanços em diagnósticos dermatológicos, e uma ênfase crescente na detecção precoce de melanoma.

Em 2025, organizações de saúde pública e sociedades de dermatologia estão intensificando os esforços educativos para distinguir lesões benignas como os nevos junctionais de proliferações melanocíticas atípicas ou malignas. A Academia Americana de Dermatologia (AAD), uma autoridade líder em saúde da pele, continua a promover a autoexame da pele e a conscientização sobre alterações em pintas, incluindo os nevos junctionais, como parte de seu Mês de Conscientização sobre Câncer de Pele e campanhas de conscientização ao longo do ano. Essas campanhas estão cada vez mais aproveitando plataformas digitais e teledermatologia, tornando as informações mais acessíveis ao público e aos provedores de cuidados primários.

No campo da pesquisa, 2025 testemunha um aumento nos estudos focados nas bases moleculares e genéticas dos nevos junctionais. Centros acadêmicos e consórcios colaborativos, como aqueles coordenados pelos Institutos Nacionais de Saúde (NIH), estão priorizando pesquisas que esclarecem os fatores de risco para a transformação do nevo e os marcadores genéticos que podem prever a progressão para o melanoma. A integração da inteligência artificial (IA) na análise dermatoscópica também é uma tendência proeminente, com vários grupos de pesquisa desenvolvendo e validando algoritmos para melhorar a precisão na distinção entre nevos junctionais e nevos displásicos e melanomas iniciais.

Previsões para os próximos cinco anos sugerem que o interesse público em nevos junctionais continuará a aumentar, paralelamente a preocupações mais amplas sobre câncer de pele e segurança ao sol. A Organização Mundial da Saúde (OMS) e registros nacionais de câncer devem liberar dados epidemiológicos atualizados, informando ainda mais as estratégias de saúde pública e a alocação de recursos. Além disso, a proliferação de aplicativos de saúde móvel e sensores de pele vestíveis é esperada para capacitar indivíduos a monitorar sua saúde da pele de forma mais proativa, potencialmente levando a detecções e intervenções mais precoces.

Em resumo, o período de 2024 a 2030 deve ver um crescimento contínuo tanto na conscientização pública quanto na investigação científica relacionada aos nevos junctionais. Essa tendência é sustentada por inovações tecnológicas, iniciativas robustas de saúde pública e um compromisso global em reduzir a carga do câncer de pele por meio de educação e pesquisa.

Fontes & Referências

Pediatric Patient’s Journey: Overcoming Giant Melanocytic Congenital Nevus