O fenômeno do “overturismo” tem se tornado uma preocupação crescente em destinos turísticos ao redor do mundo, incluindo áreas montanhosas frágeis como Gilgit-Baltistão no Paquistão. A promoção intensiva dessas regiões sem uma política adequada e infraestrutura sustentável tem levado a consequências ambientais e sociais significativas.

A infraestrutura turística em muitas dessas áreas é inadequada, com falta de eletricidade e água potável. A construção de estradas asfaltadas e hotéis sem considerar o impacto ambiental tem resultado em um fluxo massivo de turistas, sobrecarregando os recursos naturais e causando danos irreparáveis ao ecossistema local. O aumento do turismo tem proporcionado benefícios econômicos a curto prazo, mas a longo prazo, está provando ser devastador para os recursos naturais e o meio ambiente.

Além dos impactos ambientais, o overtourismo também coloca em risco a vida humana. O aumento do tráfego e a falta de regulamentação de segurança nas estradas têm resultado em acidentes frequentes, como o trágico incidente em Murree em 2022, onde muitos turistas ficaram presos na neve e perderam suas vidas.

Para mitigar esses problemas, é essencial promover o turismo sustentável, que inclui a conscientização sobre o ecoturismo, a implementação de políticas ambientais viáveis e a construção de infraestrutura eficiente e amigável ao meio ambiente. A mudança para o ecoturismo pode proporcionar benefícios econômicos às comunidades locais, preservando ao mesmo tempo os recursos naturais e a biodiversidade.

A responsabilidade de implementar essas mudanças recai sobre o estado, que deve capacitar os governos locais e as comunidades para adotar práticas de ecoturismo. A ganância por maximizar os lucros deve ser substituída por um compromisso com a sustentabilidade e a conservação ambiental.

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